segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

O Natal

O Natal deveria ser um tempo de paz, calma, alegria e família.

No entanto, torna-se cada vez mais uma altura de stress e de consumismo desenfreado (quando as pessoas se queixam que estão a ficar com menos dinheiro).

Tive ontem a oportunidade de ir ao Colombo e aquilo é algo de terrível. Milhares e milhares de pessoas, milhares de cheiros e micróbios... Ouve-se as pessoas a dizer que não sabem o que hão-de comprar para o João, e que para a Maria também vai ser difícil.

E estava um dia agradável. Demasiado bom para fazer toda uma panóplia (adoro esta palavra) de coisas que não um dia inteiro passado no Colombo.

A mim sabe-me bem receber uns bons presentes, claro que sabe. Mas é algo que se torna cada vez menos importante. Ainda ontem não soube o que dizer quando minha mãe me perguntou o que queria eu receber. Pensei no livro da Carolina Salgado, mas se é para ler porcaria e balelas, mais vale comprar o jornal do Sporting...

Mas numa altura em que o Mundo se vai tornando cada vez pior, o Natal limita-se a ser levado por essa tendência...

Ou será que eu é que me estou a tornar mais pessimista?

4 comentários:

  1. Não podia estar mais de acordo contigo Jaime, excepto nisto "Pensei no livro da Carolina Salgado, mas se é para ler porcaria e balelas, mais vale comprar o jornal do Sporting..." aiai, shame on you Jaime, essa raiva para com o Sporting tem que ser tratada rapaz...
    Voltando à razão de ser do meu comment, o Natal para mim não é nada que me diga muito, gosto da paz e do tempo com a familia junta, gosto de mandar as sms a desejar um bom natal ao amigos mais chegados (podem contar com uma vocês todos) e de as receber, e quanto a prendas não ligo quase nada... é claro que já me deram algumas com algum significado e até hoje guardo-as com carinho mas não sou daquelas pessoas que tem de receber algo... felizmente contento-me com o que tenho e só costumo dar uma coisa qualquer de vidro à minha mãe, um dvd ao meu pai e um cd ao meu irmão, uma vez ou outra lá recebo alguma coisa doutra pessoa e ai já há demasiado trabalho em encontrar algo para retribuir... e normalmente só recebo roupa e umas peúgas dos avós (lol), ainda está para chegar o dia em que me dão uns boxers!
    Agora, cada vez mais o Natal é a altura de todas as loucuras! E eu não percebo porquê, vocês sentem a necessidade de esbanjar dinheiro até ao dia 24? Eu não! Ainda hoje vi numa reportagem que a moda este Natal era comprar um PDA... por amor de Deus, depois acho piada a quem vem chorar para a tv "ai jesus, não tenho dinheiro para a minha filha comer, por favor dê-me 5€ para a minha filha" ou então enchem-se de créditos e mais créditos na Mediatis e depois chegam a um ponto em que das duas uma: ou deixam de dormir e trabalham 24h/dia ou vão ali à Boca do Inferno no Guincho e voilá acaba-se o sofrimento...
    Para mim o final do ano ou passagem tem muito maior significado! É nesta altura que reflicto sobre tudo o que fiz e o que queria fazer, estabeleço o que quero fazer no próximo ano, e como te disse à pouco Jaime, tenho a tradição de começar o ano a comprar alguma coisa que no resto dos 365 dias não compraria, é para começar o ano em grande e dá-me imenso gozo, este ano ainda estou a pensar o que será, mas provavelmente será aquilo que te disse...

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  2. Meus amigos, não estou inteiramente de acordo convosco. O Natal é um período do ano especial, depende é da forma como é vivido. Os presentes devem ser dados a quem gostamos, logo é um acto de carinho, um gesto de atenção. É óbvio que o Natal se tornou numa época de consumismo, mas não vejo grande mal nisso. A diferença para o resto do ano é que passamos a consumir para os outros, a dedicar o nosso ao tempo a pensar naquilo que outras pessoas gostariam ou precisariam de receber. Mas o Natal é muito mais do que os presentes, ele apela a todos os sentimentos que são postos de lado durante o ano, é por isso que não tem sentido dizer que o Natal deveria ser todos os dias, é que so há um..

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  3. Ja somos 3 a ter a mesma opinião!
    É verdade que os centros comerciais andam a abarrotar... mas não é isto que me chateia, o que me chateia são aquelas pessoas que ate ao dia 24 andaram nos centros comerciais aos berros e completamente em "pulgas" para comprarem os melhores presentes... mas que juntam a isto uma dose de má educação, e então não se limitam a andar civilizadamente ás compras andam sim aos empurrões (por vezes violentos), berros e coisas do género.
    Mas no dia 25... são um poço de boas intenções e de boa fé!
    A verdade é que os bons valores não são apenas para serem lembrados no dia 25... são para serem postos em pratica durante todo o ano.
    Não estou com isto a dizer que não vou aos centros comerciais nem a dizer que só faço boas acções, mas não há paciência para os loucos consumistas desta altura do ano... (refiro-me apenas aos dotados de má educação).
    Ainda me lembro dos tempos em que delirava so de pensar que estava a chegar o natal, mas... ainda:
    Adoro a época natalícia, o clima frio, o cheiro a castanhas no ar, passear na Baixa, ficar em casa ao pé da lareira enquanto se vê um bom filme e também gosto dos presentes :P mas gosto principalmente das recordações que vamos sempre mantendo de todos os natais!

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  4. Uma coisa que eu acho incrivel e que presenciei no fim de semana foram duas pessoas no Cascaishopping a discutir o que haviam de dar a alguém... e então a conversa era: "damos-lhe uma coisa girita até 20€"... eu a pensar: que bom era ter amigos/familiares assim...
    Para mim uma prenda com algum significado (que tanto pode custar 3€ como 5cent) tem muito maior valor! Hoje parece-me que está criada a ideia do "o que é caro é bom" e todos se guiam por isso, até mesmo quando têm limitações orçamentais (porque não trabalham, têm filhos, etc) procuram sempre dar prendas caras em vez de prendas com significado! Dos 18 Natais porque já passei recebi muitas prendas, a grande maioria já nem me lembro/interessa, e por exemplo, a que mais valor teve para mim foi-me dada por uma amiga numa altura em que nos chateámos, e aquele gesto para mim foi espectacular e essa prenda nunca vou esquecer (e não deve ter custado mais de 5 aéreos!), percebem o que quero dizer?

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