sexta-feira, 6 de outubro de 2006

Se calhar, com alguma importância...

Enquanto me passeava pela blogosfera fdliana (sim, ela existe!), descobri este texto. Não conheço a pessoa em questão, mas acho que, e sabendo que algumas pessoas aqui do blog (eu incluído) podem vir a fazer parte da lista da qual André Couto é presidente, é importante postar para ficarmos um pouco mais esclarecidos. Não sei a data em que foi postado, mas é relativamente recente.
Espero que não levem a mal o tamanho do post.
E, sem mais delongas...


"Por mera coincidência, vamos admitir André Couto foi militante da Lista É. Por mera coincidência, vamos admitir que o mesmo foi candidato por aquela a Vice-Presidente do Conselho Fiscal, no ano lectivo de 2003-2004. Por mera coincidência, vamos admitir que a Lista É perdeu. Por mera coincidência, vamos admitir que André Couto após a pesada derrota eleitoral para a Lista É abandonou, à semelhança de outros, o Presidente da mesma, Rui Guedelha. Por mera coincidência, vamos admitir que houve uma reunião da Lista É a fim de decidir o futuro da mesma. Por mera coincidência, vamos admitir que André Couto tomou parte na mesma. Por mera coincidência, vamos admitir que André Couto decidiu extinguir a Lista É. Por mera coincidência, vamos admitir que André Couto decide ingressar, como colaborador, nos quadros da Lista R, que tão acerrimamente havia criticado em período eleitoral. Por mera coincidência, vamos admitir que André Couto se esforçou muito, abdicando de qualquer manifestação de vida própria, para fazer com que o seu trabalho como colaborador não passasse despercebido. Por mera coincidência, vamos admitir que André Couto, no ano seguinte, é promovido a Vogal do Desporto. Por mera coincidência, vamos admitir que André Couto frequentava o quarto ano, na menção de Ciências Jurídico-Internacionais (ou Jurídico-Comunitárias). Por mera coincidência, vamos admitir que por alturas de Março de 2005, já se havia decidido que o Presidente da Lista R, no mandato 2005-2006 seria o Pedro Ângelo. Por mera coincidência, vamos admitir que pareceria claro que à futura sucessão de Pedro Ângelo que, à partida, ocorreria em 2006-2007, se perfilassem outros candidatos que não o André Couto. Por mera coincidência, vamos admitir que André Couto tinha para si o sonho de ser Presidente da AAFDL. Por mera coincidência, vamos admitir que André Couto, já no quarto ano, tinha a consciência de que, se passasse de ano, estaria, em 2005-2006, no quinto ano de curso - o último ano. Por mera coincidência, vamos admitir que André Couto sabia que nunca passaria de Vogal, em 2004-2005, directamente para Presidente em 2005-2006. Por mera coincidência, vamos admitir que André Couto tem presente que a única solução para ainda vir a ser Presidente da AAFDL é chumbar o ano. Por mera coincidência, vamos admitir que André Couto chumba o ano. Por mera coincidência, vamos admitir que é cometido o erro de o fazerem Vice-Presidente. Por mera coincidência, vamos admitir que André Couto padece de uma incontinência de ideias. Por mera coincidência, vamos admitir que se comete outro erro, o de confiar o recrutamento para a Lista ao André Couto. Por mera coincidência, vamos admitir que o André Couto até altura das eleições não faz mais nada senão recrutar gente para a Lista. Por mera coincidência, vamos admitir que André Couto não faz mais nada além de tomar cafés com aqueles que recrutou, granjeando para a sua facção os apoios dos caloiros e segundo-anistas, que compõem a maioria dos militantes da Lista. Por mera coincidência, vamos admitir que André Couto, em sede de directório da R, tenta queimar André Pardal, pondo em causa o seu trabalho e a sua honra. Por mera coincidência, vamos admitir que os amiguinhos do Couto também o fazem. Por mera coincidência, vamos admitir que, por sugestão de um destacado dirigente da R, André Couto começa a sua política de deixar testimonials no Hi5 dos seus caloiros para que estes se sentissem na "grande família da R", a fim de os fazer alinhar pela Lista. Por mera coincidência, vamos admitir que André Couto, findas as eleições, continua a fazer destes testimonials. Por mera coincidência, vamos admitir que, para a posteridade, ficam frases como "Conheço-te só há 3 meses? Parece que te conheço há 3 anos. És especial para mim e farás sempre parte da minha vida!". Por mera coincidência, vamos admitir que André Couto inicia um serviço tipo easy-bus, ao levar, sempre que há festas, os seus apoiantes a casa. Por mera coincidência, vamos admitir que André Couto conhece João Gomes, destacado ex-militante do Bloco de Esquerda, que abandonou em finais de 2004, a fim de ingressar nas hostes socialistas, porque o aparelho partidário socialista é mais consistente com a sua ambição jovem. Por mera coincidência, vamos admitir que João Gomes foi eleito, a 9 de Outubro de 2005, membro da Assembleia de Freguesia de São João da Madeira. Por mera coincidência, vamos admitir que a tomada de posse teve lugar a 21 de Outubro de 2005. Por mera coincidência, vamos admitir que João Gomes faltou a essa sessão, não justificando a falta, tendo, consequentemente, perdido o mandato. Por mera coincidência, vamos admitir que João Gomes, explicando-se ao jornal local "O Regional", disse "Foi uma opção, num ano em que a Faculdade vai aplicar o Processo de Bolonha e é necessário muito trabalho” e que preferia "fazer um bom mandato no Conselho Pedagógico, em vez de dois mandatos maus, caso assumisse também o lugar na Assembleia de Freguesia”. Por mera coincidência, vamos admitir que a decisão sobre quem seria candidato ao Conselho Pedagógico pela Lista R, em 2005-2006, só começou a ser estudada em Novembro, tendo a decisão final de colocação de lugares sido apenas tomada em Dezembro. Por mera coincidência, vamos admitir que João Gomes terá dito a dirigentes associativos que só está na Faculdade de Direito de Lisboa para servir os interesses da JS. Por mera coincidência, vamos admitir que João Gomes se apresenta como Delfim do Secretário-Geral da Juventude Socialista, Pedro Nuno Santos. Por mera coincidência, vamos admitir que João Gomes terá afirmado estar disposto a colaborar com qualquer Direcção da AAFDL, desde que o Presidente seja socialista. Por mera coincidência, vamos admitir que João Gomes tem para si a ideia de que o André Couto, apesar de ser muito à Direita, como este afirmou, aliás, por diversas vezes ("para mim, o CDS-PP é demasiado à esquerda"). Por mera coincidência, vamos admitir que o André Couto e João Gomes chegam a um entendimento: João Gomes apoiará André Couto na AAFDL, com os recrutamentos que aquele fez no Núcleo de Estudantes Socialistas e o André Couto apoiará João Gomes, ao tornar a AAFDL num pólo de recrutamento de gente para a Juventude Socialista. Por mera coincidência, vamos admitir que para que tal se torne verdade é necessário que André Couto se filie na Juventude Socialista. Por mera coincidência, vamos admitir que André Couto se filia na Juventude Socialista. Por mera coincidência, vamos admitir que André Couto é de tal maneira obsecado com esta sua ambição que inclusivamente abdica de estar com os seus na passagem de ano, fazendo-a com João Gomes e outros, no Mac da Segunda Circular. Por mera coincidência, André Couto guardava, desde a altura das eleições, um dossier com todos os membros da Lista, que lhe havia sido pedido pelos membros séniores da Lista sistematicamente. Por mera coincidência, vamos admitir que André Couto trocou de casa e que o dossier foi parar à casa de uma tia no Norte. Por mera coincidência, vamos admitir que André Couto decide que a única hipótese de ganhar isto é ficar com a "marca R". Por mera coincidência, vamos admitir que André Couto percebe que isso só será possível se a Lista R se partir ao meio, divindo-se entre os seus e os outros. Por mera coincidência, vamos admitir que André Couto decide aproveitar a eleição para o cargo de Secretário da Lista R para partir a Lista a seu favor. Por mera coincidência, vamos admitir que André Couto tinha pensado em provocar a candidatura da Inês Ramalho - a qual antes das eleições se tinha demitido do Directório da Lista R, por não ter sido considerada para o Conselho Directivo - com o apoio do seu séquito, visando, ainda, a demissão do Directório da Lista por via de uma votação esmagadora das Bases. Por mera coincidência, vamos admitir que o Pedro Ângelo, o Fernando Caetano, o André Pardal, o Álvaro Regueira, o Filipe Bacelar, Bruno Bernardo, o Manuel Carvalho e demais membros do Directório são tipos com honra e que, perante a pulhice de que são vítimas, entendem não poder continuar a dirigir a Lista por não terem a confiança das bases, e consequentemente se demitem. Por mera coincidência, vamos admitir que o plano do André Couto não tomou em consideração o factor honradez e seriedade, uma vez que André Couto desconhece o que significam estes conceitos. Por mera coincidência, vamos admitir que André Couto, em reunião de Direcção, afirma não confiar no Presidente da AAFDL. Por mera coincidência, vamos admitir que André Couto só conseguiu o apoio da maioria dos caloiros inventando mentiras sobre o carácter do Pedro Ângelo e sobre os interesses extra-faculdade deste, os quais se reflectem na AAFDL. Por mera coincidência, vamos admitir que André Couto já tem uma lista feita. Por mera coincidência, vamos admitir que André Couto planeou isto tudo há já 3 anos. Por mera coincidência, vamos admitir que André Couto rege todos os seus actos com recurso aos trabalhos de Maquiavel. Por mera coincidência, vamos admitir que André Couto, ao ignorar que Maquiavel apenas estabeleceu um princípio teórico ("o meu interesse está sempre acima do dos outros"), do qual resulta uma consequência ("os fins justificam os meios"), ou nunca leu nada de Maquiavel ou, então, tendo lido, não percebeu - ou é ignorante ou é analfabeto funcional. Por mera coincidência, vamos admitir que André Couto ignora que Maquiavel nunca foi maquiavélico e só escreveu o que escreveu porque precisava de ganhar uns cobres. Por mera coincidência, vamos admitir que André Couto é um tipo impreparado, um esbanjador, que para ter alguns votos não hesita em afectar verbas da AAFDL para apoiar toda e qualquer iniciativa, como por exemplo um baile de finalistas. Por mera coincidência, vamos admitir que nada disto é uma mera coincidência..."
.
.

In, http://com-a-boca-no-trombone.blogspot.com/

11 comentários:

  1. pois é Jaime, tinhamos falado disto ainda à pouco, e acredito que muito do que se diz aqui possa ser verdade... infelizmente. Muitas pessoas apenas querem ver a AAFDL no seu curriculo em vez de ajudarem os colegas e de fazerem algo de bom pela nossa faculdade. Não conheço bem o André Couto, é verdade, não vou estar aqui a fazer criticas a algo que não sei se é verdade ou não, mas lá que a luta pela presidência da AAFDL é renhida e envolve actos menos próprios isso tenho a certeza! Até porque dali vem muito €€, tanto agora como no futuro, tanto em visibilidade como em cargos prometidos... enfim, eu gostava de ajudar os meus colegas na FDL, quem sabe um dia talvez, mas nesse dia não será numa lista com estes métodos... Mas como disse anteriormente, provas não há não é verdade? Excepto os testemunhos no Hi5 que ainda vou procurar a ver se é verdade...

    ResponderEliminar
  2. jaime eu não levo a mal, a polémica é sempre estimulante. eu já tinha lido isto à um tempo e queria ver esclarecido. mas não acho esta forma de crítica algo que se deva levar a sério. eles não assumem a sua identidade e sao claramente tendenciosos, o que me leva a pensar que quem escreve está ligado à outra lista e limita-se a fazer acusações cobardes que revelam muita "baixaria"(como dizem os brasileiros).este tipo de forma de fazer política é triste e afasta-me da futura lista A. mas, como disse, gostava de ver algumas destas coisas esclarecidas, sobretudo no que diz respeito às ligações ao PS

    ResponderEliminar
  3. Mas como tens tu tanta certeza que quem escreve isto faz parte da futura Lista A?

    Pode ser uma forma 'baixa' de "fazer política", mas parece-me que muito do que se escreve é possivel de ser verdadeiro, até porque são factos que são fáceis de ser provados. Como a entrada do André Couto na Juventude Socialista, ou a não comparência do João Gomes na reunião do Conselho Pedagógico após ter renunciado ao cargo para o qual tinha sido eleito justificando-se com o bom desempenho que queria ter no Conselho Pedagógico.

    Enfim, são questões que ficam no ar e que, a serem verdadeiras, têm o seu quê de importância..

    Abrantes, deixa-me dizer-te que gostei da saudável "discussão" que se gerou no teu post anterior.

    ResponderEliminar
  4. é verdade, isso tudo tem que ser esclarecido. agora o texto é calunioso e ataca uma pessoa pelo pior lado, que é o da vida privada, sendo elogioso e meloso para os fututos integrantes da Lista A (pessoas honradas? talvez eles estejam a escrever deles próprios). isto só me faz perceber que não quero ser la lista A. agora que fique aqui claro que não apoiarei a Lista S se me aperceber de ligações pouco claras ao PS, independentemente das pessoas serem libres de ter convicções políticas sem que isso envolva a AAFDL.tudo o resto são ataques pessoais que não me dizem nada, até porque o discurso que ouvi do couto não foi de uma pessoa populista ou caluniosa que faz serviços para recolher apoios

    também gostei da discussão, devemos ter batido o record de comentários a um post

    ResponderEliminar
  5. abrantes, se o discurso do couto fosse de pessoa que queria recolher apoios parece-me ia perder imensos votos, ou já todos se esqueceram do que aconteceu o ano passado à lista D (acho eu...)?? este texto levantam muitos pontos que nunca vão chegar a ser debatidos... portanto quem fica sem saber a verdade toda somos nós que estamos do lado de fora...

    Nota: parece-me que este vai ter mais comments que o post anterior...

    ResponderEliminar
  6. o discurso que ouvi do couto foi para o aparelho da lista s, portanto ele aí estaria à vontade para explicar a sua estratégia para angariação de apoios. e pareceu-me uma pessoa sensata. pelo menos não caluniou os adversários que é algo que demonstra alguma elevação.

    mas deste texto só me preocupa, volta o dizer, as possíveis ligações ao PS. o resto são peanuts e golpes baixos bastante tristes, sobretudo vindo de pessoas que não assumem a sua identidade

    ResponderEliminar
  7. tal como disse anteriormente, o que se passa nessa "luta" pela presidência da AAFDL jamais vamos saber... mas acredito que possam haver muitos métodos pouco dignos, quanto à ligação ao PS ou à JS, como provas? e não vai ser o couto a afirmal tal coisa, ainda que possa ser verdade. mas que da AAFDL vem muito para o futuro do seu presidente e para a sua carreira disso eu não duvido!

    ResponderEliminar
  8. Só quero dizer que por mera coincidência este "fantasma" ainda irá concorrer com o Pulido Valente no que toca à criação de Biografias, tal é a minúcia da descrição da vida politica e porque não dizer privada do André Couto. Este texto fez-me lembrar os discursos enigmáticos de figuras como Louçã e outros necrófagos.


    No que toca às ligações politicas do Couto quero dizer que me são indiferentes e que estou convicto que não irão interferir quer na pessoa quer no trabalho que o Couto poderá vir a desempenhar à frente da AAFDL. É certo que a filiação num partido requer uma identificação com a sua ideologia, mas hoje está mais que comprovado que as qualidades individuais e a busca pelo bem estar comum se sobrepõem a critérios ideológicos.

    ResponderEliminar
  9. talvez Areias, o problema é confirmar se uma pessoa toma realmente decisões em prol da associação e dos seus alunos ou se em prol duma futura carreira... por falar nisso, alguem pode dar ai os objectivos/intenções da Lista S ou só será possivel na altura das decisões?

    ResponderEliminar
  10. Á excepção do Areias não sei quem vocês são, no entanto deixo-vos o apelo que falem com o Areias e possamos combinar todos um café onde vos tirarei todas as dúvidas acerca do meu passado, e o futuro da Lista S.

    Abraço,
    André Couto

    ResponderEliminar
  11. Tudo o que o André Couto disser é potencialmente mentira e necessita confirmação. Não se deixem enganar, ainda temos alguns anos de faculdade pela frente...

    ResponderEliminar