sábado, 4 de novembro de 2006

E o Aborto?

Tendo em conta umas conversas tidas hoje na FDL, passo o mesmo assunto para o blog porque este precisa de discussão e de animação.
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E qual a vossa posição para o próximo referendo? Já a têm? O sim, o não? E porquê?
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«Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?» é a pergunta prevista na proposta socialista aprovada.

15 comentários:

  1. Jaime, muito sinceramente como já te tinha dito estou ainda na dúvida... Por um lado acho que devemos proteger a vida até mesmo antes do nascimento, por outro acho que no mundo em que vivemos em que há cada vez mais crianças abandonadas, cada vez mais crianças maltratadas leva-me a pensar se a mãe não deve ter o direito de decidir se vai ou não ter uma criança que muito provavelmente não terá o amor e o carinho necessário para um crescimento digno e saudável, ou até mesmo condições... Outra questão é sabermos se aos 10 meses já podemos considerar o feto como vivo e se o aborto implica sofrimento, e até hoje ainda não ouvi ninguém afirmar alguma das duas com 100% de certeza.

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  2. Caro Filipe:
    Entre as 4 e as 8 semanas o coração e os orgãos vitais ja estão criados e a trabalhar. Aliás o próprio embrião ganha vida própria e independente do resto do corpo da mãe (apesar de necessitar de ajuda por parte deste para se continuar a desenvolver)a partir do momento em que o gameta masculino e feminino se unem.
    Quanto ao problema das crianças abandonadas os numeros mostram que o numero de pais que querem adoptar uma criança é superior ao numero de "mães" que os quereriam abortar. O problema da adopção está na burocracia estatal. A mãe não tem o direito de fazer da vida do filho o que quer porque senão imagina, a criança nasce, e quando atinge por exemplo os 3 anos a mãe tem uma crise financeira da qual se segue uma crise psicologica e não pode mais sustentar o filho. Vai matá-lo?
    Espero ter contribuido para alguma clarificação

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  3. Um dos factores que me pode levar a votar no Não é o cada vez maior envelhecimento da população portuguesa.
    E será que, numa altura em que tanto se fala do aborto, não se deveria porém tomar medidas a favor da natalidade?

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  4. As crianças que são abandonadas/dadas para adopção são muito normalmente as que mais tarde têm graves problemas psicológicos e de integração na sociedade... são as que têm um crescimento que está longe de ser o indicado e o saudável, mas isso não tem nada a ver com o referendo do aborto. O aborto tem somente a ver com uma decisão da mãe/pais se querem ou não ter um filho e se estes querendo ter o filho vão proporcionar-lhe uma vida de qualidade.

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  5. Filipe, não te esqueças que a pergunta a ser referendada só pede a permissão da mãe para que o aborto seja efectuado... Ou seja, o aborto pode acontecer mesmo que contra vontade do pai...

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  6. Jaime, mas na maioria dos casos essa decisão será tomada pelos pais... Ainda acho que este mundo não é só porcas e rapazes certinhos como eu e tu lol

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  7. Cá vai + uma mera opinião... sinceramente acho que sou a favor do sim...
    a minha principal razão ...
    a mae (mãe neste caso para mim é o sujeito que toma a decisão em conformidade com a opinião e apoio do pai)tem direito de escolher se quer ter ou não o bébé!.. é verdade que esta escolha deveria ser feita antes do bébé ser concebido (mas é verdade que o planeamento familiar neste nosso portugal...) mas no caso de acontecer algo... não vem ao mundo uma criança à qual não vai ser dado o afecto, amor, carinho e na maioria das vezes apoio financeiro que todas as crianças deveriam ter.
    Mas sim sei que há muitos e se calhar convincentes argumentos contra o aborto... tipo (=P) ... ao abortar está-se a matar um ser vivo... quem não quer ter bébés não os faça... quem aborta normalmente não são pessoas com poucos recursos financeiros... mas como já disse é a minha opinião... estarei assim tão errada?

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  8. o aborto é uma práctica egoísta e cobarde. dificilmente alguém, em consciência, pode defender o aborto em si mesmo. o que está em causa no referendo é o seguinte: a liberalização do aborto até às 10 semanas por livre vontade da mulher num estabelecimento legalizado. isto é o que a pergunta significa apesar de cofificada numa linguagem retórica.

    irei um escrever um post dando a minha opinião sobre o tema em breve

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  9. ó susana, tu não estás assim tão errada... estás ainda mais do que pensas lol, estou a brincar, é coragem para defender o aborto como fizeste

    modo machista on "o pai é que devia decidir o aborto, afinal de contas o homem é que toma as decisões correctas!" modo machista off

    Abrantes, espero pelo teu post, mas não será maior egoismo tu atráves do referendo decidires sobre a possibilidade ou não de alguém abortar??
    Já agora, desde o inicio e apesar da dúvida sempre estive e estou mais para o lado do não...

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  10. votar no não é tudo menos egoísta. é defender que uma criança tem o direito de nascer, independentemente da vontade da mãe, é não ceder à solução egoísta de enfrentar um problema eliminando-o, é acreditar que a vida é o valor supremo a ser defendido. o aborto, assim como a pena de morte é uma desistência do ser humano.

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  11. Estou a ver que este blog começou a carburar na minha ausência. Quanto ao assunto vou ser directo, frio e provavelmente cruel. Sou a favor do aborto, mas nunca tive tantas duvidas como tenho hoje, em virtude do contacto com as legitimas e, provavelmente, mais humanas opiniões que o recusam. Porque a vida é sempre um valor inquestionavel. Mas por vezes é necessário tomar decisões difíceis em momentos dificeis. E porque a responsabilidade de ser pai é gigantesca eu entendo que é muito mais responsável aquele que cria um aborto do que aquele que o faz.

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  12. Abrantes, eu não disse que votar no não era egoista, eu disse que votar sobre o aborto é tomar uma decisão egoista... se queremos liberdade como podemos tomar uma decisão que servirá para todos? por mim deixava a decisão do aborto à mãe/pais, mesmo sendo contra como sou! até porque se não fizerem cá em Portugal vão a Espanha, etc

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  13. Abrantes, eu não disse que votar no não era egoista, eu disse que votar sobre o aborto é tomar uma decisão egoista... se queremos liberdade como podemos tomar uma decisão que servirá para todos? por mim deixava a decisão do aborto à mãe/pais, mesmo sendo contra como sou! até porque se não fizerem cá em Portugal vão a Espanha, etc

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  14. Bem, meus amigos, tou a ver que este assunto ja deu aqui pano para mangas. De todos os comments feitos, aquele com o qual concordo mais é o do Abrantes. Eu tambem votarei Sim neste referendo, mas de modo algum o farei de ânimo leve. Ha muitos dias que ando a pensar nisto e, se é verdade que não ha nada mais importante que a vida, leva-me a questionar: E a vida sem dignidade? Sem a dignidade que todos merecemos? Por no mundo uma criança que não vai receber tudo aquilo a que tem direito para ter a sua dignidade (defendendo o inquestionavel valor da vida humana)será mais correcto do que interromper a tempo uma gravidez? Correndo o risco de um dia poder vir a mudar de opinião, por agora voto sim. Enquanto a sexualidade for um tabu neste país, enquanto as adolescentes tiverem vergonha de ir ao planeamento familiar (que de si ja é uma tristeza), enquanto as pessoas tiverem vergonha de pedir na farmacia uma caixa de preservativos.. Eu voto sim. A prioridade é a mudança de mentalidades, a desmistificação do sexo.. Até lá, não posso votar de outra forma. Obviamente que defender a despenalização do aborto n é defender o aborto, e penso que o papel do pai tem sido muito esquecido neste assunto. São os dois, pai e mãe, a quem cabe tomar a decisão, em plena consciencia, apesar d ser o corpo da mãe que está em causa. Nenhuma mulher certamente fará um aborto de ânimo leve, será justo ainda condená-las? A decisão de ter que abdicar de um filho já deve ser dura o suficiente. Fiquem bem, beijos para todos

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  15. Peço perdão, n foi c o do Abrantes que concordei mais, mas sim c o do Areias*

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